quinta-feira, 21 de agosto de 2008

TRABALHE SEM HD

Espaços de trabalho virtuais


José Antônio Ramalho infotec.em@uai.com.br

Reprodução de T/Microsoft Office Live Workspace
Microsoft acredita tanto no conceito de espaço de trabalho virtual, que, mesmo em fase de testes, já o introduziu em seu pacote Office
Ter arquivos de trabalho ou pessoais disponíveis a qualquer momento e em qualquer lugar é algo que se torna mais freqüente para usuários de computadores. O conceito de espaço de trabalho virtual cresce rapidamente com a sua implementação por diversas empresas. Um espaço de trabalho é um local on-line onde você pode salvar, acessar e compartilhar documentos e arquivos. Você pode usá-lo para agrupar informações relacionadas ao trabalho, escola ou projetos pessoais. A Microsoft acredita nesse conceito a ponto de ter implementado, ainda em fase de testes, seu espaço de trabalho para usuários do pacote Office. Trata-se do Office Live Workspace. Por meio do site workspace.office.live.com/. Você só precisa de uma conexão com a internet, um navegador da web e um Windows Live ID com uma caixa de entrada de e-mails válida. O Office Live Workspace funciona com a maioria dos navegadores mais usados. Se você já é usuário do Messenger ou Hotmail, já tem os requisitos necessários. Seu espaço de trabalho tem 500MB de armazenamento, isso significa que você pode salvar mais de mil documentos de tamanho médio do Microsoft Office. Cada documento pode ter até 25MB. Compartilhar é fácil: tudo o que você precisa é do endereço de e-mail de uma pessoa para convidá-la a entrar em seu espaço de trabalho. Você decide se as pessoas podem editar ou somente revisar arquivos. O seu espaço de trabalho pode ser acessado de qualquer computador com uma conexão à internet e um navegador da web. No momento, o serviço está disponível em português, holandês, inglês, francês, alemão, italiano, japonês, coreano, polonês, russo, espanhol e chinês tradicional. Com o tempo, mais idiomas estarão disponíveis. Todos os arquivos contam com proteção contra vírus do Microsoft Forefront Security para SharePoint e eles só poderão ser acessados com um Windows Live ID e uma senha. Você controla quem pode ver, comentar e editar os documentos. Na primeira vez que entrar no site e fornecer seu Live ID e senha, você deve concordar com os termos de uso do site. Na tela de trabalho padrão, você trabalha como se estivesse vendo um outro drive. Encontra os botões Add Documents, para fazer o upload de documentos que estão na sua máquina para o espaço de trabalho, e os botões Delete e Move, para fazer a manutenção do espaço. O botão New permite criar novos documentos do Office diretamente no espaço de trabalho. O site também pode ser integrado com o próprio Office se ele estiver instalado na máquina em que você está acessando o spaces. Embora possa ser usado como um simples disco virtual para armazenar arquivos, o site oferece aos usuários do Office uma nova maneira de trabalhar com seus arquivos. É importante lembrar que, para editar on-line um documento, é necessário usar o pacote Office.


Fonte: O Estado de Minas-Caderno Informática-21/08/2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

CERTIFICAÇAO DIGITAL E CPF ELETRÔNICO

O uso da certificação digital ganha cada dia mais espaço nas práticas e do no dia a dia das empresas brasileiras. Com uma recente iniciativa conjunta do Serasa e outras entidades certificadoras 3,5 milhões de empresas devem receber a certificação digital até 2011.O certificado digital é uma assinatura eletrônica perante a Receita Federal na qual as empresas ganham um e-CPF Simples que facilita a declaração do Imposto de Renda, inclusive das empresas que tenham lucro presumido em real, coisa que antes só as médias e as grandes empresas já conseguiam.A partir deste certificado, a declaração do Imposto de Renda será feita de maneira mais rápida e eficaz. - As grandes empresas já utilizam desta ferramenta por conta de obrigações da própria legislação, como nota fiscal eletrônica e declarações - informou Igor Rocha Ramos, gerente de certificação digital do Serasa. De olho nos micro e pequenos negócios, um grupo de trabalho formado por ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), Sebrae, Conselho Federal de Contabilidade, Receita Federal, Câmara-e.net e autoridades certificadoras lançou o e-CPF Simples, nova versão de certificado digital ICP-Brasil. Voltado exclusivamente para micro e pequenas empresas, o novo certificado digital será comercializado por R$ 155, com validade de um ano e ficará armazenado em um token (chave eletrônica que armazena os dados). O Serasa acredita que, com estes certificados, os micro empresários terão exatamente o que os médio e grandes têm, só que com um preço muito mais competitivo. As outras opções de certificados digitais ICP-Brasil disponíveis no mercado têm validade de dois e três anos e custam, respectivamente, R$ 280 e R$ 380.
Igor Ramos explica, contudo, que há também uma alternativa com prazo de validade de um ano, mas ela é armazenada no computador. Segundo ele, essa forma de armazenamento é mais crítica, não é tão eficaz quanto o token ou o cartão. A redução do custo foi possível porque parte da receita gerada com a venda dos certificados digitais para médias e grandes empresas será usada para subsidiar o e-CPF Simples. - Procuramos manter os preços dos certificados digitais atuais e negociar com fornecedoras de token. Chegamos a um cálculo de custo que nos permitia chegar ao preço final de R$ 155 - afirmou Ramos. O Serasa acredita que, quanto maior for o número de empresas que aderirem ao certificado digital, maiores serão as chances de redução dos valores cobrados pelos mesmos certificados. A entidade aposta que, em dois ou três anos, o potencial de uso do documento no mercado corporativo chegue ao fim e então o foco passará a ser o usuário final. Para aderir ao e-CPF Simples, as micro e pequenas empresas devem procurar uma autoridade certificadora, como Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Sebrae, Conselho Federal de Contabilidade, Receita Federal e Câmara-e.net. Rocha ressalta que esta não será a única iniciativa do grupo de trabalho para fomentar o uso de certificados digitais por negócios de pequeno porte. Outra aplicação do certificado digital na vida das micro e pequenas empresas, além da facilidade para a declaração do IR, é a facilidade para obtenção de licenças para importação e exportação de produtos, máquinas e insumos. A Receita Federal exige o certificado digital para obtenção destas licenças. Por isso, o Serasa pretende realizar uma campanha de comunicação, em breve, para explicar às micro e pequenas empresas o que é o certificado digital e seus benefícios para o bom andamento dos seus negócios.

IMPOSTO DE RENDA AUTOMÁTICO

Daqui a dois anos, o governo brasileiro terá condições de oferecer a funcionários de alguns setores privados e a servidores públicos federais, estaduais e municipais a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física já pronta. Caberá ao contribuinte concordar ou discordar do imposto já calculado. Nesse caso, ele deve fornecer as informações necessárias para a correção. Inspirado em um sistema implantado no Chile, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) está desenvolvendo o processo no Brasil. Segundo o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, para setores que já operam com a nota fiscal eletrônica (automobilístico, fumageiro e indústria farmacêutica), falta implantar a escrituração eletrônica, que deve começar a funcionar no próximo ano. “Queremos entrar no próximo ano com a escrituração eletrônica em operação. Isso vai substituir os livros de contabilidade das empresas e nos colocar em condições, pelo menos no mundo empresarial, de ter o Imposto de Renda pronto, como hoje ocorre no Chile. Isso é um trabalho de dois anos, porque atualmente já podemos oferecer para todos os funcionários públicos”, destacou. O contribuinte chileno recebe do governo a declaração do Imposto de Renda já montada, incluindo o imposto a pagar ou a restituir. Cabe ao contribuinte concordar ou discordar, apresentando o que realmente foi pago ou recebido. Isso é possível porque o governo tem informações sobre o que foi pago de imposto e sobre o que cada um recebeu, além de um controle sobre as movimentações patrimoniais. “É uma experiência inovadora, uma experiência em que podemos nos espelhar para melhorar a nossa”, afirmou Mazoni. No caso dos funcionários públicos, disse ele, seria preciso apenas sincronizar as bases de dados. “O Serpro já é responsável pela folha de pagamento. Também saem das máquinas do Serpro aquelas declarações de quanto cada funcionário recebeu por ano. Então, é possível fazer de forma direta e ofertar o imposto de renda pré-pronto. Quanto aos funcionário estaduais e municipais, é uma questão de sincronismo das bases de dados.” Mazoni destacou que, para o setor privado, a nota fiscal eletrônica e a escrituração eletrônica permitirão que se saiba quanto e a quem cada empresa pagou. No entanto, ainda é necessária uma articulação com cartórios para obter informações sobre a variação patrimonial. Quando a escrituração eletrônica estiver montada, será possível saber quanto as empresas pagaram às pessoas, explicou. “Ainda é necessário sincronizar os fluxos com cartórios. O quanto se pagou é fácil, a variação patrimonial é que é mais complicada.” O governo pretende ampliar a cobertura dos sistemas eletrônicos para outros setores privados da economia. “A nota fiscal eletrônica está em atividade, mas ainda está sendo implantada por segmentos. À medida que aumentam os segmentos abrangidos, vamos cobrindo mais as relações econômicas no Brasil. Estamos, desde o ano passado, com a nota fiscal eletrônica operando em segmentos bastante pesados. Então, já representa um volume grande”, destacou. Os sistemas para declaração do Imposto de Renda pela internet implantados no Brasil foram desenvolvidos pelo Serpro. Neste ano, 24 milhões de pessoas declararam sua movimentação pela internet num prazo de três meses. De acordo com Mazoni, se for considerando o número de pessoas que usaram o sistema, esse prazo pode ser considerado muito rápido. “A Itália, por exemplo, está se preparando para fazer isso no ano que vem, para atender a 7 milhões de contribuintes. O governo italiano imagina fazer esse atendimento em 12 meses”, comparou. Outra inovação é a opção que o contribuinte tem de testar o imposto, ou seja, as pessoas podem simular se preferem fazer a declaração pelo modo simplificado ou pelo modo completo e optar por pagar menos imposto. “Não se trata de ajudar as pessoas a pagar menos e sim de ajudar a pagar o que é justo. Com isso, aumenta a base de contribuintes, pois menos pessoas precisam fugir do imposto”, explicou Mazoni.
Fonte: Agência Brasil